Na última sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025, o Banco do Brasil (BBAS3) viu seu valor de mercado encolher em impressionantes R$1,6 bilhão após um dia de forte baixa na Bolsa. As ações da instituição encerraram o pregão cotadas a R$27,78, uma queda de 1,28% no dia. O que está por trás desse movimento?
Bancos Desabam na Bolsa Mesmo com Lucros Recordes
Mas o BB não foi o único: Bradesco (BBDC3 e BBDC4), Itaú (ITUB3 e ITUB4) e outros grandes bancos também sofreram desvalorizações.
Esse movimento aconteceu mesmo após o setor bancário atingir um lucro recorde de R$74,8 bilhões em 2024. Então, por que as ações caíram?
O Banco do Brasil (BBAS3) é uma empresa estatal e uma das instituições financeiras mais tradicionais do país. Apesar de apresentar lucros consistentes e uma presença perene no mercado, suas ações frequentemente sofrem oscilações devido às preocupações com possíveis interferências governamentais. Essa dinâmica faz com que o mercado, em alguns momentos, "pese a mão" em sua precificação, criando oportunidades para investidores atentos.
Perspectivas para 2025
A CEO do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, afirmou que o banco está preparado para enfrentar as condições econômicas mais apertadas. A instituição planeja ampliar os esforços de análise de risco de crédito e manter a sustentabilidade de suas carteiras. Embora o guidance (projeção) ainda não tenha sido divulgado, a expectativa é de que a carteira de crédito do banco continue crescendo, ainda que em ritmo mais moderado.
Oportunidade ou Alerta?
Diante desse cenário, é fundamental que os investidores não reajam impulsivamente a essas oscilações de curto prazo. Momentos de correção podem ser grandes oportunidades para adquirir ativos de qualidade por um preço mais atrativo. Apesar da valorização recente, o Banco do Brasil segue sendo negociado a um Preço/Valor Patrimonial (P/VP) de 0,88, ou seja, com um desconto de 22% sobre seu valor contábil.
Para os investidores de longo prazo, esse desconto pode indicar uma excelente janela de compra, especialmente para aqueles que acreditam na resiliência e na consistência de resultados da instituição.
Lembrando que essa não é uma recomendação de investimento!